Você já sorriu hoje?

"O sorriso, essa curva simples que tudo pode endireitar, é um dos principais organizadores do psiquismo humano e uma fonte segura de recompensas pessoais e interpessoais" (Prof. Freitas-Magalhães, especialista no estudo da expressão facial da emoção e pioneiro no estudo científico do fenômeno do sorriso). Desde muito pequenos, já podemos observar o sorriso como ferramenta de vinculação. Mesmo que num primeiro momento o sorriso do bebê seja involuntário, ainda assim já gera uma reação de afeição em quem está por perto. Ao longo do desenvolvimento, a criança vai aprendendo que o sorriso tem um efeito positivo, é socialmente aceito e até mesmo esperado.

O que muita gente não sabe, é que a expressão facial ou comportamento de sorrir tem um efeito sobre a liberação de neurotransmissores de prazer e afetividade. Isto é, sorrir faz com que tenhamos a sensação e percepção de estarmos nos sentindo bem e/ou melhor. Barbosa, A (2018) traz em seu material " Desafios comportamentais" uma ideia muito interessante, a de usarmos o sorriso como um antidepressivo. A sugestão do autor é de montar uma pasta digital, com vídeos de crianças sorrindo. A explicação é que, ver pessoas sorrindo, principalmente bebês e crianças, leva nosso cérebro a liberar esses neurotransmissores. Há também alguns estudos que relatam que a ação de sorrir é capaz de "driblar" o cérebro quando não estamos nos sentido tão bem. Ou seja, o ato de sorrir ao longo do dia pode nos dar a percepção de que estamos sendo mais felizes.

Você topa testar essa teoria dos cientistas? Vamos experimentar sorrir mais ao longo do dia e observar como isso pode influenciar no nosso humor? Se você experimentar, me escreva, compartilhe comigo os efeitos que está observando no seu dia-a-dia.

Fontes:

Barbosa, A (2018). Desafios comportamentais. 1. ed. - São Paulo: Matrix. ISBN 978-85-8230-482-2

Freitas-Magalhães, A. (2007). Expressão facial: O efeito do sorriso na percepção psicológica da afectividade. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Porto. ISSN 1646-0502. 4 pag. 276-284.