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#TBT da publicação do artigo

  • Foto do escritor: Nathiele Schönhofen
    Nathiele Schönhofen
  • 27 de set. de 2023
  • 3 min de leitura

Sexualidade, Cultura e Transgeracionalidade: Atravessamentos e Reflexões


Hoje gostaria de compartilhar com vocês sobre a publicação do meu artigo, escrito na conclusão da pós-graduação em terapia de casal e sexualidade. O artigo tem o título "Sexualidade, Cultura e Transgeracionalidade: Atravessamentos e Reflexões", foi publicado no vol. 11 da Revista Brasileira de Terapia de Família, em julho 2022.

"Ah Nathi, mas já faz mais de 1 ano da publicação e só agora tu te lembrou de compartilhar ?"

Na verdade, nunca esqueci do desejo de trazê-lo para cá e deixá-lo acessível não só para a comunidade científica e da área da psicologia, mas para todos. Inclusive o objetivo de buscar publicá-lo foi justamente esse, tornar esse conhecimento acessível para todo mundo. Mas devo admitir que a rotina da vida adulta, as vezes nos prega peças, impõe outras prioridades e "incêndios à serem apagados".


A ideia do artigo com essa temática, surgiu de uma grande inquietação e até "revolta" sobre o quanto em pleno século XXI, o tema do sexo, sexualidade e práticas sexuais, ainda é um grande tabu; tanto dentro dos relacionamentos conjugais, quanto em termos de orientação e promoção de saúde de jovens e adolescentes.

Atualmente, já se encontram diversos conteúdos em redes como Instagram, que abordam temas de sexualidade, saúde feminina, sexo; o que facilita muito o acesso para quem está buscando sobre o tema, algumas páginas trazem o tema com linguagem acessível, de forma "séria" (tem um fundamento e uma aplicabilidade na vida real) e respeitosa com usuário.

Meu artigo conta com um apanhado histórico sobre o tema da sexualidade, aspectos transgeracionais (elementos que passam de geração em geração dentro da família) e comunicação familiar... O material foi construído com muito carinho, compartilharei com vocês alguns trechos, que acho bem interessantes.

 

"muitas vezes os jovens buscam irmãos mais velhos, primos, tios, padrinhos e até mesmo avós como figuras de informação sobre sexo e comportamento sexual. Sobre as figuras parentais, em geral, tendem a perceber os pais com discurso moral e proibitivo sobre o sexo. Grossmann et al. (2019) também aponta a comunicação sobre sexualidade entre a família e os adolescentes como um fator protetivo para comportamentos sexuais de risco, os quais expõe os jovens à gravidez não planejada e infecções sexualmente transmissíveis. Na amostra de 952 adolescentes americanos, os pesquisadores encontraram uma maior abertura ao diálogo sobre sexo com a família estendida"

Para adolescentes sexualmente ativos mostrou-se mais atrativo, em função do estágio do desenvolvimento e experiência deles, o diálogo sobre sexo seguro, pois encaram como incentivo para decisões mais cuidadosas nas suas práticas sexuais

Em contrapartida, os diálogos sobre adiar a iniciação sexual acabam tendo o efeito de não reconhecimento dos comportamentos sexuais dos adolescentes, transmitindo a mensagem de que é um comportamento errado, ruim e inadequado. Os pais acabam não sendo capazes de fornecer ferramentas para que os filhos experienciem sua sexualidade de forma segura.


Um ponto interessante deste estudo está nas frases relatadas pelos adolescentes sobre o que ouviam sobre a tomada de decisão sobre o sexo, quais parceiros/as deveriam escolher, quantidade e qualidade da atividade sexual e saúde sexual, independente do gênero. No estudo os discursos familiares passaram desde argumentos como:

“não faça sexo com ninguém”, “sua primeira relação sexual vai doer e sangrar”, “seja cuidadosa e não faça isso com qualquer um”, “se você não fizer, outra garota vai fazer”, “se você não quer abrir as pernas para um garoto, diga não”, “a decisão de transar ou não é sua”, “é desagradável ter muitos parceiros/as”, “use preservativo, você é muito novo/a para ter bebês”

Cada família alerta seus adolescentes a partir de suas próprias vivências e experiências com o sexo e comportamento sexual, como podemos observar nos fragmentos dos discursos familiares. "


SCHONHOFEN, NT, SATTLER, MK. (2022) Sexualidade, Cultura e Transgeracionalidade: Atravessamentos e Reflexões. Revista Brasileira de Terapia Familiar, 11(1), pg. 134 - 150.

 

Quem tiver interesse pode acessar o artigo na íntegra, está disponível em pdf no final da publicação, bem como através do site da ABRATEF





Nathiele Tapia Schönhofen

CRP 07/28291

Psicóloga Clínica e Neuropsicóloga

Esp. Terapia sistêmica individual,

familiar, conjugal e sexualidade


 
 
 

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© 2021 por Psicóloga Nathiele Tapia Schönhofen | CRP 07/28291

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