Minha escolha profissional
- Nathiele Schönhofen
- 25 de jan. de 2021
- 3 min de leitura
Alguns pacientes, principalmente adolescentes em fase de vestibular, tem me perguntado como descobri que queria ser psicóloga. Por este motivo decidi compartilhar com vocês o pouco da minha história e escolha profissional.

Minha história com a Psicologia demorou um pouquinho para começar, mas o registro acima demonstra uma das conquistas mais emocionantes da minha vida! A primeira de muitas vitórias que vieram depois!
Desde pequena sabia que queria seguir alguma profissão na área da saúde, como sempre auxiliava a família no cuidado com meus avós, fazia muito sentido profissões que envolvessem cuidado. Conforme fui crescendo e avançando na escola fui descobrindo que minhas matérias favoritas eram biologia, química e física. Naquela época não sabia o que um psicólogo fazia, já havia ouvido falar, mas realmente não fazia ideia. Então na época de vestibulanda, escolhi o curso de medicina, mas com o desejo de exercer a medicina além da biologia. Lembro de falar para os meus pais "eu vou ser o tipo de médica que ouve o paciente e não como aqueles que olham só o sintoma, receitam remédios e fim" (olha aí o desejo de ouvir as pessoas, minha gente!!!).
Por obra do destino ou não, acabei não passando no vestibular para medicina, mas passei para minha segunda opção que era o curso de Farmácia. Ingressei na faculdade aos 17 anos, mas sempre com aquela inquietação de ouvir. Absorvi muito conhecimento durante o período em que permaneci no curso, tive muitas oportunidades, mas foi durante o período no grupo de pesquisa que descobri o que realmente queria fazer. Descobri não, duas amigas muito queridas me questionaram e apresentaram a psicologia.
O desejo de ouvir e tornar a vida das pessoas melhor, fez com que muitas vezes escutasse as dificuldades/angústias de amigos e colegas, sempre tentando achar alguma forma de resolver. Até que um dia, depois de 1 ano no grupo de pesquisa, essas amigas me perguntaram "Mas Nathi, tu nunca pensou em ser psicóloga? Tu faz isso tão bem". Depois desse dia, elas me acompanharam em todo processo de descoberta profissional, iniciei um processo terapêutico, fui até a coordenação do curso de Psicologia da PUCRS, fiz entrevista... Elas foram minhas maiores incentivadoras na descoberta dessa profissão tão linda e que hoje eu amo tanto.
O processo de mudança profissional foi muito gratificante, mas também cheio de dúvidas e angústias. Foi fundamental a participação da minha rede de amigas apoiando, principalmente na tarefa de contar para os meus pais da mudança. Por mais que minha família sempre tenha me apoiado em tudo, ainda assim deu um friozinho na barriga. Mas por fim deu tudo certo.
Mas durante a graduação em Psicologia tu nunca te questionou se tinha tomado a decisão certa?
Algumas vezes, porque na farmácia lidamos com exatas, claro que tem algumas variáveis, mas em geral por mais complexa que fosse a reação havia uma previsibilidade. Já na Psicologia isso não existe. Cada pessoa é como se fosse um universo único, não tem uma receita de como as pessoas vão sentir ou reagir em determinadas situações, são muitas variáveis e pouca previsibilidade. No início não foi muito fácil mudar de paradigma, mas conforme fui descobrindo que é justamente essa infinidade de variáveis que nos torna tão singulares, foi apaixonante.
Obs.: Um agradecimento especial às amigas inspiradoras, Karla Medeiros e Renata Gomes de Oliveira!
Contribuição maravilhosa e genial nas vidas de todos que te acompanham, sempre por um propósito maior, que é o teu e dessa incrível irmandade da psicologia! Parabéns infinitesimais!